segunda-feira, agosto 27, 2012

Maldito primeiro amor

Mas será possível que o primeiro amor realmente é o que esses tolos escritores românticos tanto tentam nos fazer engolir? Será mesmo que jamais nos veremos livres de tal sentimento? Porque por mais que o tempo passe, eu não consigo esquecer, não consigo deixar de sentir, por mais que eu queira, por mais que eu precise, por mais que eu sofra.
É um sentimento que fica impregnado em tudo, na pele, nos cabelos, em cada cômodo da casa. Por mais que você lave, areje, qualquer coisa que faça. Com a saudade parece que tudo fica ainda mais intensificado, os cheiros, os sabores, o sons, tudo que lembra a maldita pessoa.
Você joga fora tudo o que possa te trazer lembranças, mas como somos ingênuos, o pior, o inapagável infelizmente está dentro da gente. Às vezes o sentimento da uma trégua, e é nesse momento que você pensa, que finalmente esqueceu, que novamente vai conseguir ser você mesma, mas basta uma notícia, uma ligação, a simples presença, pra tudo ir por água baixo.
O muro que você construiu com tanto esforço para pelo menos respirar melhor, desaba. E todas as suas fraquezas vem a mostra. E a pessoa se aproveita disso, e pisa no que já não tem como quebrar mais. Você virou apenas cacos, e não tem chance de cura. Parece que sempre será massacrada por tal sentimento. E a única coisa que tem a fazer, é tentar reerguer o muro novamente...

                                                              Ana Paula Machado