terça-feira, janeiro 24, 2012

Vestibular. Maior Idade. Indecisão.

Uma coisa que ando aprendendo ultimamente é que chega uma hora em que você tem que crescer ou é atropelado pelo sistema.
Vivo nessa minha vida sem responsabilidades, de dormir, ficar em casa ou de sair e me divertir com os amigos todos os dias, vivo na internet, lendo, ouvindo musica ou literalmente não faço nada, fico o dia inteiro jogada na cama sem nada pra fazer e sem querer fazer nada.
Mais nesses últimos dias, me deparo paranóica com o que vai me acontecer nesse ano, fazer o terceiro ano do ensino médio, passar no vestibular, fazer 18 anos, tirar a carteira de motorista, arranjar um emprego.
Como uma vida pode mudar tanto em alguns meses? Já estou pirando, com o que vou escolher prestar, em passar de ano, nas responsabilidades de ser maior de idade, aprender a dirigir, conseguir um bom emprego...
São tantas coisas pra pensar que estou ficando louca, vontade de jogar tudo pro alto e ser uma viajante, hippie maluca. Sinceramente, não sei como vou lidar com tamanha pressão.
Sem contar com as coisas mais amenas, como conseguir tempo pros amigos, tentar resolver um meio namoro, ser mais compreensiva com meus pais, ter tempo para ler romances, sei lá.
Minha vida vai se tornar um inferno no ano de 2012. Eu que sempre fui indecisa pelo peso do meu signo libra, sério indecisa mesmo, odeio tomar decisões, agora imagina como estou para decidir o que eu realmente quero para minha vida?
Já pensei em prestar vestibular pra história, psicologia, filosofia, direito, jornalismo, moda, geografia, meteorologia, psiquiatria... uma infinidades de coisas que me interessam, mas que no fim nem parecem ser o eu realmente quero.
Já descarto qualquer coisa que envolva cálculos, qualquer tipo de engenharia, física, matemática, química, arquitetura, administração, ciência da computação, etc. Esses eu quero fora da minha vida.
Pensei em fazer um teste vocacional, mas acho que vou acabar deixando o psicólogo louco. Fazer massagens regulares? Dormir mais? Dormir menos? Não sei, só sei que de alguma terapia eu preciso. Antes que eu exploda. 
Seria tão mais fácil se eu tivesse algum dom, ou se eu tivesse uma ideia fixa desde criança do que queria ser, ou se apenas fosse mais decidida... Mas não sou, tenho que lidar com essa pessoa inacreditavelmente indecisa e teimosa ao mesmo tempo. Querendo ou não essa sou, faz parte de mim...
                                                                      
                                                          Ana Paula M. Silva

domingo, janeiro 22, 2012

Reconstruindo a confiança

Confiança. Ta aí uma simples palavra, mas que para mim hoje o seu significado, uma incógnita. Como confiar em alguém que um dia quebrou sua confiança da pior maneira que poderia ter quebrado? Como recomeçar do zero, perdoar, esquecer e confiar de novo?
Acredito na mudança, no sentimento verdadeiro, no amor, na vontade de estar junto. Mas como confiar nisso, de olhos fechados, pôr a minha mão no fogo, depois de tudo que passei? Como confiar cegamente de novo?
Daqui pra frente minha meta é tentar dar uma segunda chance verdadeira, perdoar realmente com todo o sentimento que eu tenho e esquecer. Deixar o passado, no passado, nunca mais tocar no assunto. Deixar rolar, dar uma chance, dar espaço, não prender, porque se uma coisa eu aprendi durante esse tempo é: se for de verdade, volta, não importa por quais situações você passe e não importa por quanto tempo, se for verdadeiro, volta pra você.
Eu acredito que o amor atravessa mares e escala montanhas, e sei que posso superar isso e um dia viver como se nada disso tivesse existido. O amor uma hora, vai superar tudo. Hoje eu sei que sem você não vai dar pra ficar, já se tornou essencial pra mim. 
Esses últimos dias passaram se arrastando por mim, entre choros e angustias, e o meu famoso orgulho que você odeia tanto. Estão sendo os piores dias da minha vida, por mais que eu não demonstre. Achei que com o tempo fosse melhorar. Mas ao contrario piora a cada segundo. A cada segundo que passa a sensação de perda aumenta mais. Dizem que quem muito se ausenta, uma hora deixa de fazer falta. E esse é o meu maior medo, você desistir de mim.
Você já falou: “Por um erro meu do passado, não posso viver meu presente”.
Sim você errou no passado e isso me atormenta todos os dias, mas você já me deu provas de que mudou e que me ama e que só quer estar comigo. E só vai estar quando minha confiança estiver refeita.
Agora tudo está em minhas mãos, e você sabe amor, que eu odeio tomar decisões. E você deixou tamanha responsabilidade em minhas mãos agora, muito sentimento em risco em minhas mãos. E eu não sei por quanto tempo você vai esperar por mim.
Eu achei que o amor iria superar, mas sim tudo se baseia nessa maldita palavra: confiança. Se você tem confiança em mim, não vejo nada mais justo do que igualdade. E agora eu digo: que eu vou lutar pra conquistar dentro de mim essa confiança que eu já tive em você um dia. E quando eu reconquistar isso, espero que seja em breve, como você disse, estaremos prontos para sermos felizes juntos...
Enquanto isso meu amor, o que eu posso dizer com certeza, é que eu te amo e não vou desistir de nós.
                                                            
                                                          Ana Paula M. Silva