domingo, janeiro 09, 2011

Contra maltrato aos animais

Um dos assuntos que eu já deveria ter abordado aqui no Blog é a ação de maltrato aos animais. Primeiramente uma coisa que eu tenho que falar pra não parecer uma hipócrita idiota, é que eu não sou vegetariana, por uma série de fatores, que vai de saúde a falta de disciplina. Mas quem é, tem a minha admiração, considero de verdade.
Eu amo qualquer animal, inclusive os que eu como e ditos selvagens pela maioria. Amo todos! Mas uma das coisas mais absurdas que existe é a farra do boi, rinhas de galo, tourada, brigas de cães, etc... No mundo animal você não vê um animal matando o outro a não ser que seja para a própria sobrevivência, para alimentar-se ou para proteger a cria.
Não preciso nem dizer o quanto eu acho absurdo maltrato a animais domésticos, às vezes cometidos pelos próprios donos, de cada maneira cruel que não da de entender o que se passa na cabeça de um ser como esse. E exploração de animais para fins lucrativos sem a menor necessidade, como casacos de pele ou couro de variados répteis. Você não pode viver com coisas “falsas” que não venha acompanhada de sofrimento e impacto ambiental? Se não, quero que vá para inferno. Não merece meu respeito.
Um dos maiores absurdos é o tanto de mortes de baleias e golfinhos cometidas no oriente como se isso fosse uma coisa totalmente normal e aceitável.
“Baleias e golfinhos deveriam ter ‘direitos humanos’ à vida e à liberdade por causa das evidências cada vez maiores de inteligência, afirmou um grupo de ambientalistas e especialistas em filosofia, direito e ética.
Japão, Noruega e Islândia se opõem ao argumento, que impediria a caça ou mesmo a manutenção dos animais em parques marinhos. Os países afirmam que não há provas de que as baleias e os golfinhos sejam mais inteligentes que vacas ou porcos, por exemplo.”
Olha tamanha estupidez! Mas estudos provam o contrário:
“Segundo participantes de uma conferência na Universidade de Helsinque, os mamíferos marinhos gigantes têm consciência similar à humana, capacidade de comunicação e sociedades complexas, o que os torna semelhantes aos grandes primatas.
‘Nós afirmamos que todos os cetáceos, assim como as pessoas, têm direito à vida, à liberdade e ao bem-estar’, declararam após o encontro de dois dias, organizado pela Sociedade de Conservação de Baleias e Golfinhos.
Thomas White, diretor do Centro de Ética e Administração da Universidade Loyola Marymount, na Califórnia, participou do encontro e disse que golfinhos podem reconhecer a si mesmos em um espelho, capacidade rara em mamíferos que os humanos só adquirem aos 18 meses de idade.
‘A caça às baleias é eticamente inaceitável’, disse à Reuters. ‘Elas têm um senso de si mesmas que nós achávamos que só os humanos tinham’.”


Sendo parecidos com humanos ou não, nenhum animal merece qualquer tipo de sofrimento, por mais que eles não tenham a capacidade de se expressar ou andar como nós, de uma coisa eu tenho certeza, todos eles têm sentimentos, carne, osso e sangue como nós. E eles sentem como qualquer ser humano.

Denúncia
Para denunciar maus-tratos a animais, qualquer pessoa pode fazer um Boletim de Ocorrência junto à delegacia de polícia mais próxima ao local do fato. O responsável pelos maus-tratos deve ser identificado e seu endereço deve ser registrado. Outra maneira de denunciar é encaminhar o caso a uma associação ou ONG de proteção animal. 

De acordo com Lei 9.605/98, dos Crimes Ambientais, maus-tratos  contra animais domésticos, nativos ou exóticos caracterizam crime e podem render pena de detenção de três meses a um ano e multa.

Como vemos a lei brasileira não deixa a desejar apenas a crimes de pessoas contra pessoas, como assassinato, roubo, latrocínio. Mas também a crimes cometidos contra animais, essa pena é muito branda para tanto de barbaridades que vemos por aí. Mais uma das leis que precisa ser mudada com urgência no Brasil. Mas mesmo assim, NUNCA deixem de denunciar, pelo menos um bem vai fazer e o mais importante deles, o animal em questão nunca mais vai olhar para o ser desprezível que o machucou.

Queria ter falado de cada caso mais detalhadamente, mas o post ia ficar enorme  e muitas pessoas iriam se cansar dele. Poderia também ter posto imagens apelativas de animais sofrendo, mas não consigo ver esse tipo de coisa sem sentir náuseas e essa não é a intenção. Um dos outros assuntos que queria ter falado nesse post é sobre testes de produtos em animais, como em ratos e coelhos de laboratório. Mas vai ter um post especialmente pra isso. A partir de hoje vou agarrar esse tipo de assunto com unhas e dentes, tentar fazer o máximo possível para divulgar esse tipo de coisa. Para ver se conseguimos acabar com essas impunidades. Quem quer abraçar isso comigo, divulgue, comente sobre fatos e mais maneiras de denunciar. Tudo é válido, para o bem de nossos queridos animais.
                                                                 Ana Paula M. da Silva

quarta-feira, janeiro 05, 2011

"Tudo bem com você?"

Uma coisa que eu demorei um pouco para acreditar é que, na maioria das vezes, em quase todas, quando alguém pergunta como você está, ela não quer saber, não dá a mínima. Na verdade quer passar ao próximo passo que é falar a novidade do seu final de semana. E quando alguém pergunta a única resposta que esperam e que querem que você diga, é que está tudo bem, mas não pense que é por que ela liga para o seu bem, na verdade ela não quer ouvir suas lamurias ou compartilhar do teu tédio.
É tão estranha a reação das pessoas quando você diz que não está bem, porque elas esperam sempre que tudo esteja bem. Mas a vida na maioria das vezes não está boa. Não que eu não goste dela claro, que outra opção eu teria também? Mas é que na maioria das vezes estamos em estado neutro. Não gosto quando as pessoas perguntam se eu estou feliz, felicidade não é sentida toda hora, por isso que é tão gostosa. É coisa de momento, é rara, e se ela acontece agradeça e sinta a sensação gostosa que ela traz. Na maioria das vezes, você não sente nada, não está pensando em nada, pelo menos que possa ser falado em voz alta. 
Então excluam essa pergunta “Tudo bem com você?” quando nada demais aconteceu, ou se você não quer saber. Não pergunte, não finja. Se a única coisa que você quer é falar de suas chatices seja egoísta o suficiente para deixar essa pergunta de lado. Seja egoísta, mesquinho, mas não seja falso e hipócrita. 

                                                                 Ana Paula M. Silva

domingo, janeiro 02, 2011

Olhe ao lado

Olhe para todos a seu redor e veja o que temos feito de nós. Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceito o que não entendemos porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas, coisas e coisas, mas não temos um ao outro. Não temos nenhuma alegria que já não esteja catalogada. Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora, pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos. Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Temos procurado nos salvar, mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes. Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer sua contextura de ódio, de ciúme e de tantos outros contraditórios. Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar nossa vida possível. Muitos de nós fazemos arte por não saber como é a outra coisa. Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos o que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gafe. Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses. Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer “pelo menos não fui tolo” e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. Temos chamado de fraqueza a nossa candura. Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo. E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia.

                                                                Clarice Lispector


Não tive tempo de vir aqui antes, desejar a todos os meus seguidores e também aqueles que não me seguem, mas por algum motivo vem aqui, lêem os textos e se identificam comigo um maravilhoso 2011, repleto de muita saúde, paz, amor, compaixão, amizade, respeito, felicidade, menos trabalho e mais liberdade de se fazer o que quer, de realizar os sonhos, e alcançar todas as metas e objetivos. Que consigam viajar para onde sempre sonharam, que consigam ver um por do sol real com suas cores maravilhosas e não um fim de tarde cinzento acobertado por prédios e cheiro ruim. Sintam mais, como diz o texto da Clarice Lispector, olhem ao lado, não tenham medo de dizer a palavra amor, por achar que vai parecer estúpido. Sorria! Sinta! Viva! Pense! Seja feliz! E acima de tudo Ame! Porque o que o que vai salvar o nosso mundo um dia é mais amor ao próximo. 
                                             Ana Paula Machado da Silva